Outros "mares" por onde navego...

sábado, 25 de setembro de 2010

luz



que fio de luz tece aquela estrada vazia?

a estrada sou eu...

tu és a luz!


( Betha Mendes )

Imagem do Google

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Zedantas


Imagens retiradas do Google

Quem não conhece as belas composições de Zedantas através de vozes como Luiz Gonzaga, Zé Ramalho, Elba Ramalho, Marisa Monte, Alceu Valença, Geraldo Azevedo, Fagner e tantos outros? 

"Seu dotô, os nordestino/ tem muita gratidão/ pelo auxílio dos sulistas/ nesta seca do sertão..."

"Já faz três noites que pro norte relampeia/ e a asa branca ouvindo o ronco do trovão..."

"Mas nessa festa seu dotô perdi a carma/ tive que pegar nas arma pois num gosto de apanhar..."

"Vai cartinha fechada/ não deixa ninguém te abrir/ naquela casa caiada/ onde mora a letra I..."

"Ai que saudades que eu sinto/ das noites de São João..."

"Lá no meu sertão/ pro caboclo ler/ tem que aprender outro a b c..."

"Ela só quer/ só pensa em namorar..."

"A todo mundo eu dou psiu/ perguntando por meu bem..."

Em Carnaíba, Sertão do Pajeú, nasceu este poeta em 1921. Cantou o protesto, as esperanças que ressurgem com o fim da seca, a boemia em noites de festa, os amores, as paixões e as saudades; nos leva ao passado e nos faz vivê-lo; é o poeta que soube escutar as histórias de seu povo e retratá-las no imaginário de seus versos. Estamos vivendo, de 20 a 25 de setembro, em Carnaíba , a XVII Festa do Poeta Zedantas. Uma semana em que a cidade vira uma oficina cultural de poesia e música, com a presença de artistas regionais e de outras partes do Brasil. O poeta é homenageado e conhecido pelas novas gerações, que , nas escolas, estudam a sua história, suas músicas e discutem suas temáticas; grupos de dança se exibem e as noites são agraciadas com forronatas e apresentação de grandes artistas.
O artista morreu cedo, aos 41 anos. No seu coração, abrigava a veia poética e talentosa com que expressava toda beleza das paisagens de seu universo sertanejo e cultural.
























































terça-feira, 14 de setembro de 2010

Aprender





quando choram as nuvens dos meus olhos
estrelas caem em mim
invadem o meu corpo nu
me acordam para a Luz de todo dia...

são canções ouvidas no silêncio de muitos dias
em noites inocentes...

são árvores distantemente plantadas
nas mãos do Homem que já não me visita...
são palavras, que, ditas e malditas,
descansam em meu lado obscuro...

são os gritos envoltos em risos e guerras
numa sonhada, esperada Liberdade...

estrelas me invadem
não choram mais as nuvens dos meus olhos
sou dona de mim
tenho tão somente a Incerteza
à espera do que está por vir

(Betha Mendes)

Imagem do Google

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Sol


o Sol chegou
levou do meu corpo
as últimas gotas de orvalho


talvez uma alegria
chorará a ruptura dos silêncios
e tua presença marcará os meus passos


não será mais a minha lágrima o teu olhar...


quebrados... todos os espelhos
guardarão comigo senão a tua alma
a aquecer e a inundar o meu corpo vazio
a tecer nos fios dos momentos o que ainda nos resta!


(Betha Mendes)


Imagem do Google