Imagens retiradas do Google
Quem não conhece as belas composições de Zedantas através de vozes como Luiz Gonzaga, Zé Ramalho, Elba Ramalho, Marisa Monte, Alceu Valença, Geraldo Azevedo, Fagner e tantos outros?
"Seu dotô, os nordestino/ tem muita gratidão/ pelo auxílio dos sulistas/ nesta seca do sertão..."
"Já faz três noites que pro norte relampeia/ e a asa branca ouvindo o ronco do trovão..."
"Mas nessa festa seu dotô perdi a carma/ tive que pegar nas arma pois num gosto de apanhar..."
"Vai cartinha fechada/ não deixa ninguém te abrir/ naquela casa caiada/ onde mora a letra I..."
"Ai que saudades que eu sinto/ das noites de São João..."
"Lá no meu sertão/ pro caboclo ler/ tem que aprender outro a b c..."
"Ela só quer/ só pensa em namorar..."
"A todo mundo eu dou psiu/ perguntando por meu bem..."
Em Carnaíba, Sertão do Pajeú, nasceu este poeta em 1921. Cantou o protesto, as esperanças que ressurgem com o fim da seca, a boemia em noites de festa, os amores, as paixões e as saudades; nos leva ao passado e nos faz vivê-lo; é o poeta que soube escutar as histórias de seu povo e retratá-las no imaginário de seus versos. Estamos vivendo, de 20 a 25 de setembro, em Carnaíba , a XVII Festa do Poeta Zedantas. Uma semana em que a cidade vira uma oficina cultural de poesia e música, com a presença de artistas regionais e de outras partes do Brasil. O poeta é homenageado e conhecido pelas novas gerações, que , nas escolas, estudam a sua história, suas músicas e discutem suas temáticas; grupos de dança se exibem e as noites são agraciadas com forronatas e apresentação de grandes artistas.
O artista morreu cedo, aos 41 anos. No seu coração, abrigava a veia poética e talentosa com que expressava toda beleza das paisagens de seu universo sertanejo e cultural.