Outros "mares" por onde navego...

domingo, 16 de maio de 2010

Esconderijo



Daquela manhã guarda as minhas mãos vazias
Em suas ânsias e esperas a aprisionar lembranças
Num céu azul, mas triste prevendo a dor do indizível
Somente naquela hora!
Guarda minha boca a gritar teu nome,
Meu corpo a dizer o teu em contornos escondidos.
O que eu não posso e sufoco, guarda...
Guarda um Eu que não existe e em silêncio é tortura,
As pedras onde pisei, o céu onde fui pássaro,
O chão que me acolheu sem nuvens pra me afagar...
As linhas tortas da minha cerceada imaginação
Caminhando ousada por onde pisam teus passos...

Guarda tudo que te disse, tudo o que fui
Porque só em ti me escondi dos que me condenam
Só em ti meu corpo falou tanto quanto o coração
Só em ti fui alma
Sobretudo!

( Betha Mendes )

Imagem do Google

4 comentários:

  1. Betha,

    Sentimentos escondidos em nosso coração que despertam a cada nova emoção...

    Belo poema!

    Abraço

    Flávia Flor

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  2. Não há esconderijo que esconda tanta poesia, ela tem que desnudar, nem que seja a palavra...

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  3. Betha,
    Belissíma poesia, lindo de viver seu blog.
    Meus aplausos.
    Vou continuar por aqui te lendo.

    Muita Luz em suas inspirações.

    Beijos

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  4. Flávia, Marluce e Maria Flor...

    Presenças iluminadas em minha poesia!

    Beijo.

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